Começa por ser uma concepção e um sorriso,
ou um devaneio perfeitamente exequível:
O dia corre para ti e, por fim, estarás aqui,
naquilo que é agora um horizonte invisível.
Depois, o vento lambe-nos o corpo e aviva
as labaredas de um fogo vestido de saudade.
A roupa, o corpo, o desígnio, flutuam por magia
e o nosso cheiro, singular, invade a cidade,
na fricção do abraço. Um estranho sortilégio
ilumina os nossos corpos e somos um, a figura
luminosa da noite e a languidez do privilégio.
Sim, as árvores cantam e o céu está aberto;
a praça aperta com ondas que transmitem
a sensação de que estás próxima e eu desperto.
[massivo]
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