– Não prometo nada! – E dito isto, a árvore prosseguiu o
seu caminho,
fincando as raízes na terra, na sua imobilidade relativa,
abstracta
e garbosa. Estendendo os ramos na densidade curvilínea do
ar,
à procura da aurora do outro lado do mundo. As árvores
também
se amam, assim como todos os seres vivos do reino vegetal.
Eles
também inventaram o amor, em todas as suas formas e à sua
medida.
Faz-te aqui e em mim, seremos duas árvores de amor perene
nestas horas caducas que voam com o vento, ou para termos
um
amor caduco em horas perenes, mas sem nos prometermos
nada.
[massivo]
Sim... as árvores são a pura essência do amor... adensam-se... entrelaçam-se... afirmam-se e agarram-se fortes... e acima de tudo... trazem uma Primavera em si mesmas... inspirando-as a jamais acabar...
ResponderEliminarComo sempre... uma escrita belíssima, Henrique!
Adorei o poema!
Beijinhos
Ana