Inventei o amor. Um sentimento sem a possessão de outrem,
mas com zelo, sem receio: o ciúme. Inventei-o simples,
simplesmente,
embora se complique explicá-lo, como se me perdesse nas
grandes
curvas do ar e me fosse impossível voar conduzindo as
palavras
por entre os galhos das árvores. Inventei-o e dele faz
parte, sempre,
uma grande afeição e, por legítima preguiça e genuína e
pura insensatez,
continuei a designá-lo pelo mesmo nome, quando, por
vezes,
lhe encontro a atracção. Inventei-o e sofro a alegria da
carne,
tão consentida, tão isenta de crueldade, tão sem culpa,
tão intensa,
quando é o rastilho do desejo. Inventei o amor:
[massivo]
Uma invenção tão bonita... sendo assim espontânea, sincera, sentida... só pode ser a verdadeira versão do amor...
ResponderEliminarMais outro trabalho notável, por aqui... que é um prazer ler...
Beijinhos
Ana