Uma voz sem dor, a minha voz antiga, chama por mim
no silêncio da almofada. Procura-me as raízes e eu,
entre os lençóis adormecidos, no quarto que ainda
soluça sonhos de filósofos, delicadas criaturas do ar,
procuro entender a língua seca, no escuro de limites
que não quero meus. A transpiração traz a luz aos pés.
A febre dança, a ânsia precisa de dançar e a coragem
toca a música lunar, do raiar da aurora e de fadados
relógios. O rumor da cama pronuncia palavras de amor
que te encontram no tecto, tão divertida, meu raio de Sol!
[massivo]
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