quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Transitar



O mundo ao contrário, definitivo. 
Descobrir que o amor está em tudo 
e em qualquer lugar, mas que não é igual; 
que, se calhar, por vezes, é um amor sem luz. 
Desenvolvida a ideia do movimento 
que nos aproxima, acerco-me de ti, 
num azul cronológico, limpo de histórias, 
e viajo nos teus olhos, à procura do teu 
corpo tépido, onde já me perdi várias vezes. 
As tuas ondas envolvem-me, alisam-me 
e devolvem-me. E que mais se poderia dizer 
no nosso dialecto de sussurro e gestos? 


 [massivo]



1 comentário:

  1. E por aqui... sempre transitando entre os teus poemas, e viajando nas tuas palavras...
    Beijinhos! Contando vir por estes dias, espreitar mais alguns dos teus últimos trabalhos, Henrique!
    Boa semana!
    Ana

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