quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

apontamento para um poema difuso





eu estou num reflexo perdido e distraído de erosão
da metáfora oferecida pelo atalho com vida
nas carícias de um poema com tantas formas de amar
mimos a braços com o fulgor de um espelho aberto

que mostra todas as cores de um sonho que anda errante
e que me toca com a sua longa sombra dançante
na agonia da nudez e mutismo de um vento reservado
vindo da sede e da diligência ancestral de suão

é difícil recuperar a razão para um vento assim
quando os olhos não se encontram e a pele não se sente
quando a deriva geográfica se une à deriva da memória  

um dia eu vou voar nas palavras que não acontecem
pelas determinações da consciência do amor metafísico
para entrar por inteiro e completamente na vida pintada




5 comentários:

  1. Um poema tal qual o vento trazendo carícias.
    O que seríamos sem a grandiosidade das palavras e das imagens?
    Perfeito Henrique

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. "quando os olhos não se encontram e a pele não se sente"... é morrer de agonia... mas o vento sempre sopra, e tudo muda...

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  4. Em êxtase poético!
    Fica uma sensação tão boa... Sem palavras, adoro este poema!
    ...Bom fim de semana! :)
    Bjks

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  5. Que tengas un hermoso fin de semana, preciosas letras!
    Besos.

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