terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

como uma veemência cadente


aveiro



[ontem] um produto simples e sem requisitos 
essas recordações que chegam como um perfume 
e se revelam sem se rebelar 
numa aragem que nos olha nos olhos 
enquanto despertam a memória 
  
algumas frases sabem apaziguar e libertar 
como as memórias afáveis 
outras são precedidas de uma variável logística 
como uma lembrança intempestiva 
que nos sorve e esgota a energia 
que provavelmente nem é nossa 
mas que é tão indispensável e vital 
para a constante descoberta da bondade 

a história e o corpo despertam no pensamento 
num indício de deliberação que concilia 
o símbolo e a alusão que estavam apenas dormentes 
existiu um tempo em que não sabia onde a guardar
e hoje continuo sem saber onde guardei a minha lua 



  

3 comentários:

  1. A nostalgia, em cadência, das recordações, das mais serenas às menos agradáveis... E, talvez, a procura de uma luz no escuro.
    Lindo!
    Bjks

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  2. Boa tarde, Henrique... ai, ai... gostaria de saber por onde anda a minha, pois ando precisando de inspiração para escrever poesia.
    Adorei tudo aqui!
    Um abraço.

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  3. Frases que apaziguam e libertam... ando procurando por elas...



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