começa sem medo das imagens em reflexo 
é provável que a nostalgia bata à janela com o vento 
que a lembrança afague ou tome de assalto 
bem no seio da noite cerrada e em tormenta 
povoada por sons incomuns e circundantes 
na mesma cadência da luz tiritante da vela 
que projecta os corpos em sombras indecisas e imprecisas 
num contínuo desafio com odor a combustão 
e um fechar de olhos que prova a energia que nos une 
e aparenta oscilar ao sabor das rajadas de vento 
vento que faz parte do todo que nos agrega e dispersa
tudo é tão próximo e tudo se assemelha ao termo 
tudo é mais leve ao sabor do vento e mais pesado na queda
o mundo desamparado fica ainda mais distante

"Tudo é mais leve ao sabor do vento e mais pesado na queda..." marcante, lindo!
ResponderEliminarA tempestade lava, limpa... e quando o vento sopra tudo fica mais leve...
ResponderEliminarA tempestade! E o quanto dela estará em nós...
ResponderEliminarBelas imagens, a que ornamenta e as contidas no poema!
Bjks