aveiro e a ria de olhos nos olhos num abraço
há domingos em que a cidade pode ocupar
outras cidades e foge das palavras com cio
embebida em vida que jorra na magia da rua
há domingos que se preenchem com a cidade
numa profusão polissémica de odores e sons
de imagens e sentidos num ócio que acaricia
há domingos em que a cidade fica repleta
de outras cidades e de idiomas e de alegria
onde nem todos os calendários marcam
o mesmo dia e os relógios se esquecem
no silêncio das obras e um resto de lençol
despreocupado com a correcta forma de estar
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