ainda há tempo para um sorriso quente
antes que caia a linha flexível do horizonte
não quero pontuar é certo o ponto final
e podemos pressentir a sua chegada
nas molduras vazias que se passeiam
e nos intervalos da respiração tensa
dos espelhos sem os reflexos da tarde
no mundo côncavo que habita o peito
com a hesitação da cidade que adormece
com o pulsar de um coração despido
ainda há tempo para o aceno do adeus
antes da chegada das sombras da noite
que se aproximam lentamente das janelas
depois não sei talvez a brisa leve as cinzas
que nem os ventos conseguiram levantar
[do poema, só restará o chão...]
ResponderEliminarUma imagem tranquila, no abraço da bela poesia...ou vice-versa!
ResponderEliminarUm beijo