deambulei em mim repisando caminhos
que reconheço dos rascunhos de versos
e de fotografias repetidas mentalmente
há um lugar que sinto meu e onde gosto
de ficar e deixar o tempo à sua mercê
onde sem querer ouvir a cidade a guardo
em mim para que o vento me deixe escrever
perdidamente onde nada é assim tão raso
tão líquido e tão aparente que não se logre
não sei quando nem como deixou de haver
luz e ganhei vizinhos para o jantar de razões
e de sentenças prefabricadas de outro lugar
talvez a luz como a sombra tenha espaços
rotos onde o poeta transfigura eternamente
Olá, Henrique!
ResponderEliminarUm poema fantástico e belíssima fotografia!
Há lugares que nos apaziguam. E essa imagem de luz e sombra com espaços rotos, é fascinante!
Tem um bom dia!