a noite, também a noite, projecta
o frémito indolente das águas.
por vezes, uma onda nua embate
no desejo concentrado do barco
sujeito à tensão da amarra adormecida.
ouve-se o canto da nudez pulsante
e o barco balança, vacila na dança,
sujeito, mas não imóvel, não imune
a oscilação que já não é de ninguém.
e despe-se da hesitação, na volúpia
etérea de um horizonte vertical,
para se deitar na espiral aromática
emocional e material das sensações.
[palavras relacionadas]
Uma alegoria de sedução e volúpia. Um poema lindo, lindo.
ResponderEliminarBjks
:)