nas perspectivas ténues da conjuntura, sem medir
o nosso tamanho, poderemos ir além dos cabeçalhos.
alegro-me com a inacessibilidade evidente do futuro.
não sei se te poderia habitar silenciosamente.
gradualmente, apagas-me os traços da solidão, quando
te abro na imaginação que se alimenta do instinto.
prefiro povoar-me de ternura e reiniciar-nos todos os
dias,
entre gemidos inclinados, na sucessão das luas e do chão.
esta minha aspiração egoísta de te ter ao meu lado,
é o desejo piedoso que sinto mais por mim do que por ti
e, simultaneamente, o querer-te mais do que a mim.
incrível e essencialmente seguros, mais rápidos do que a
luz,
são os sonhos que conduzem a cama por entre os espectros
nas noites frias de fevereiro, onde não volto a cada
pergunta.
[palavras relacionadas]
Insuficientes... imprecisos... e tão concretos assim são os sonhos... e contudo sem eles, nunca seríamos tão completos....
ResponderEliminarPois mais um poema de que gostei muito... tal como a imagem...
A ria proporciona imagens lindas e coloridas... e super interessantes quando convertidas para P/B...
Bjs
Ana