sem tempo para lamentos.
confesso: não faço qualquer sentido.
não é agradável ver crescer a revolta
nos muros, na penumbra onde,
na amnésia dos metros de parede,
um cortejo de aflitos, igualmente, regam
os bolores e desgrenham as feras etílicas,
enfeitiçadas pela premência do caos
imposto e alimentado pelas feras políticas.
as feras políticas nunca são gentis.
constroem muros para nos cercear
com a ilusão óptica dos sofismas reunidos.
mas, venho, eu, cegar-te com o meu amor,
indulgente. e como humidade, para nos regar
os musgos de felicidade e saciar a escassez.
se, porventura, de pele colada e de lábios secos,
encontrarmos o sol, depois de atravessarmos
a tenebrosa ondulação das sombras da noite,
será um sonho perfeito na semente da memória.
[palavras relacionadas]
Despojar-nos de sonhos... algo que os nossos políticos, sabem fazer tão bem, e com requintes de malvadez...
ResponderEliminarMais um poema de que gostei imenso... e acho que nem preciso de dizer que a imagem está fabulosa!
Bjs
Ana