com que hão-de pintar o odor do fim 
da tarde, onde nasce um vento profundo. 
crescem, no céu, junto a linha do horizonte, 
umas linhas radiantes de urgência obscena, 
com termos de todas as línguas do mundo, 
como que a desenhar os ritmos do mar. 
o ímpeto do mar juntou pequenas pedras 
na praia, numa escrita universal e titubeante. 
uma escrita, que não mente, na erosão da costa. 
vê como se cruzam os sons nas letras dos sítios 
onde mais me dói o trilho das coerências inertes, 
enquanto o inverno se atrapalha na sua dimensão 
de alma que cheira a ilusão com bolas de naftalina. 
não sei quem me vai atirar a primeira pedra, 
ou quem vai chamar quem à pedra ou às pedras. 
quem vai atirar a pedra, ou as pedras, talvez 
como peças de um jogo, talvez esconda a mão. 
 [palavras relacionadas]
Ou talvez juntar as pedras... e erguer um castelo... nesse mar de emoção...
ResponderEliminarAdorei este panorama... de imagem e palavras!...
Mais um dos meus posts favoritos, por aqui!...
Está fantástico! Parabéns!...
Bj
Ana