domingo, 14 de fevereiro de 2016

procissão


campo maior | portugal


recordo-me do dia em que pintei 
a noite de verde e nela as duas 
luas do teu peito; a precisa linha 
do nosso horizonte ignescente 
e em advertência comburente; 
a pura confiança dos vegetais 
e árvores carregadas de frutos; 
os nossos sentidos em meteoros 
a percorrer o céu como flechas. 
eu estava de asas derrubadas, 
ansioso pelo fim da procissão. 


 [palavras relacionadas]


2 comentários:

  1. É mais um poema, que é um poema maravilhoso! :)
    Bjks


    ResponderEliminar
  2. Adorei o poema... com esse delicioso desejo de fim de processão... para inicio de festa...
    E a imagem... perfeita! E bem a propósito... para um começo de festa...
    Bjs
    Ana

    ResponderEliminar

Obrigado, pelo seu comentário!