quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tahriza


     A traça concluiu a leitura três versos acima, saltou os saudáveis afectos de verdade, inteiros, completos e de fruição cerebral, para se fixar no penúltimo verso da redondilha menor, onde as palavras se adensavam. Preferiu a palavra mais longa, talvez por gula, mas não a comeu por completo. Não sei se de forma involuntária mas, produziu uma palavra mais curta e de múltiplos significados: «mente»! 

7 comentários:

  1. Nem sempre as intrepretações são feitas de forma correcta.
    Por vezes apenas um dos versos faz com que haja uma maior identificação.

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  2. "Mente!" Diria que a nossa língua é traiçoeira, como outras, porque se a mente ainda me funciona, mentir não faz o meu género. Nunca! Detesto e tenho perdido tanto.... Agora sem trocadilhos! Centramos-nos até numa palavra ou duas que seja num total de muitas quando essa(s) nos dizem tudo. Beijinhos resto de bom dia!

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  3. Noctívaga:
    Olá!
    Sim, há palavras que dizem tudo.
    O texto não tem qualquer destinatário e é simplesmente lúdico com uma pouco de humor levemente irónico. Muito dificilmente há quem interprete tudo o que escrevemos da forma que pretendemos ou com o sentido idealizado e por vezes queremos ver no comentário (o que resta) algo além do que fica e que não há garantia de que exista (ler sinais que podem ser meras coincidências).
    Obrigado!
    Beijinho

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  4. Do sufixo ao substantivo, ou verbo, vai depender da traça. :)
    Genial!

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