Abandono o gerúndio.
As palavras que nos unem
são as mesmas palavras que nos separam e eu agarro-me às imagens para interromper
a celeuma. Não te encontrei na bruma da espertina; não te encontrei na penumbra
do sonho; não te encontrei na luz do facto; não te encontrei. Uma contínua paridade
de ausência.
Só eu desejei; só eu amei; só
eu sonhei; só eu, só, num conjunto de evidências onde tudo continua igual, sem
o meu queixume. Um sonho que é um sonho.
Sonho!
E
eu, também.
Sonho!
Apalavrado
de gorgulhos.
Sonho!
Expedito
contratempo.
Apenas
uma essência.
Perdido
na noite,
Um
grito surde surdo,
Não
se sabe acomodar.
A
minha senda.
Aveiro, 4 de Dezembro de 2011.
Se só tu sonhaste, se só tu amaste, então o que te prende é uma ilusão do que não tiveste.
ResponderEliminarAs ilusões conseguem ser como vendas que não nos permitem ver e sentir tudo o que a vida nos oferece. Fecham-nos a porta à felicidade e em troca dão-nos momentos de êxtase e dias infinitos de angústia.
Que o "gerúndio" seja apenas um verbo, que transformes a tua vida num presente, desde que isso signifique que não vás embora daqui. Eu ia sentir a tua falta. Mesmo!
Olá bom dia! Ontem estive aqui a comentar e o meu comentário eclipsou-se... Nada que não se resolva hoje. Então "rezava" assim: Li o teu poema e tocou-me mais profundo que desejaria. Porque sendo a tua realidade e não poesia e sonho, ou o explorar de uma emoção ou "exagerar" sobre uma passada ou presente... Deixa-me completamente frustrada por esse vazio que me é tão familiar. No entanto vejamos. Se por um momento pensasses que não foste o único a sonhar. desejar, a amar e que as vossas palavras longe, muito longe de vos desunirem vos servem de união? uma união forte, durável e um meio para vos fazer sentir esse, sonho, desejo, amor...Que tantas vezes nos faz mal, não nos dá muito na prática mas é muito mais bonito e intenso que outro. Vai para além da compreensão de todos e do tempo como o medimos? Talvez eu seja muito tonta ou romântica...Mas pensa que não amas só. Não sonhas só...Porque quem escreve assim e conta o amor como tu fazes nunca pode fazê-lo só. Simplesmente por não haver quem lhe fique indiferente. Depois há tanto que não se explica e acontece. Acomodar-se...Nunca? Porque na noite é quando dói mais o nosso grito. A tua senda amigo...Temo que seja tão igual à minha. À de muitos que condenados continuamos a andar com uma pontinha de fé. Na penumbra estarei contigo sempre para te dar força. Longe da celeuma... Quiçá todas as imagens sejam adrenalina pura. O que nos mantêm "à tona" Depois podemos tudo!!! Ver quem amamos onde quisermos. Inventá-lo na bruma, na luz e viver esse sonho. Desculpa se como sempre abusei ou fui inconveniente. Quando vacilares pensa em mim... Eu vivo exactamente o que descreveste. Exactamente. Talvez te ajude a saber que não estás só. Nunca estarás. Boa semana. Um grande beijinho e um abraço!!!
ResponderEliminarS.o.l.:
ResponderEliminarOlá!
O "gerúndio" arrasta-me o tempo, ainda o tempo.
Espero que esteja tudo bem contigo (já te vou fazer uma visita).
;)
Olá, Noctívaga!
ResponderEliminarTambém já me tem acontecido perder os meus comentários (É decepcionante!). O Blogger/Blogspot parece ter vontade própria e aparenta ser movido por um muito mau "feitio". Há-de melhorar…
Não abusaste, nem foste inconveniente. Encontro muita verdade e solidariedade no teu comentário, assim como no comentário da Sol.
Beijinhos