Alegadamente, nada é da
cor que será;
Nada tem o comprimento que
teve.
Sou feliz na tristeza
menos carregada.
O amanhã num outro presente se verá
E o presente pode ser outra dádiva armadilhada.
O amanhã num outro presente se verá
E o presente pode ser outra dádiva armadilhada.
Dispenso a dúvida com que
sou condecorado,
Penso no lucro de mais um
pequeno dia.
Agarro o brilho ilusório
de um sentido,
Sem direcção, e rumo para
o lado, para onde estou virado,
De pé, vagamente orientado
e perdido.
Descubro que a Ilha, e o
insular, sou eu.
Sou o Mar, o gasoso, a
Natureza e nada,
Levemente pesado e
pesadamente leve,
Pronto para livremente
partir e ficar;
Com a consciência pesada, de quem nada deve.
Com a consciência pesada, de quem nada deve.
O que resta já está
estragado e serve,
Num Universo que se
destrói e constrói;
Numa revolta pacífica da
explosão mansa.
É o gelo que me esquece,
que me insulta e ferve,
Na proximidade que me toca
mas nunca alcança.
De postura incorrecta,
correctamente,
Alongo o fugaz abreviado e
breve,
Num rosário de contas sem
futuro,
Vindo de um longínquo
passado presente,
Em perfume de
consistência, de brilho obscuro.
Um sorriso facial,
artificial, desenhado.
Engolir em seco e olhar
sem olhos.
Bonita? Não avalio a
grandeza da ira,
Nem a ira da grandeza do
abandonado,
Encontrada pela carência
sem mira.
Duplicam-se e dividem-se
os sentidos,
Num retorno, sem volta,
completo.
O que importa está do lado
de cá,
O lado dos pacientes e dos
destemidos,
Com impaciências e medos,
agarrados ao que há e não há.
O abstracto...
ResponderEliminarÉ assim que leio este teu post.
Eu agradeço a leitura e a visita, Sol.
ResponderEliminar[;)]
Não agradeças, faço-o com gosto.
ResponderEliminarOlá! Tanto sentido, tanto ressentido, ultrapassado e não esquecido. Tantos "sentir" que não se quer e se sentem. Talvez não o tenha interpretado bem se for o caso perdão... Um beijinho grande e um dia bom.
ResponderEliminarOlá, Noctívaga! Nada a perdoar.
ResponderEliminarObrigado! E um beijinho grande para ti também.
Olá. Sabes que já me dá vontade de rir quando entro aqui no meu blog para vir ao teu? Umas vezes aparecem-me como actualizações blogues de pessoas muito antigos que já nem me seguem ou sigo e estavam "agregados" a este que "reaproveitei". Eram de outro blog com outro nome que aqui tinha e os vossos que adicionei, já vezes sem conta não me aparecem. Obrigam-me a entrar sempre nos vossos blogues como se andasse a "espreitar" só para ver se vocês já fizeram posts. E uma vez aparecem-me os amigos outras diz que não tenho ninguém adicionado... Torna-se um pouco confuso, mas não será por isso que não venho. E agradeço de coração as tuas visitas tudo o que me dizes e as tuas ideias que partilho e me abrem também novas "estradas" de pensar e de saber estar. Admiro-te muito a sério. Obrigada e desculpa também este testamento, mas é incomodo andar sempre a entrar para ver as actualizações e para poder responde. Obrigada por gostares do que escrevo porque eu adoro ler-te. Abraço grande. Bfsemana.
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