ávida por contar a vida que lhe treme
num arco de marés de silêncio secular.
enquanto falava, tacteava o ar e seguia
as ondas de frequências de sons polifónicos,
imediatos, de descodificação improvável.
entendi que falou dos sonhos no seu ritmo;
dos meus sinais no crepúsculo a respirar
poemas ao sabor das palavras surpresas;
do pudor das sombras ao tocar-nos a pele.
nem ousei interrompê-la em mais do que
o necessário para a seguir e compreender.
hoje, se lhe contasse o meu sonho com duas
luas em quarto crescente, ficaria em silêncio.
[palavras relacionadas]
Pois... uma declaração de amor lindíssima... a uma cidade, que é deveras bonita e inspiradora, pelo tanto que tenho apreciado, nas tuas fotos, como esta... uma imagem nocturna, com uma iluminação encantadora, e um espelho de água mais que perfeito...
ResponderEliminarBjs
Ana