já tarde, quase tarde. comunicámos calados,
com a linguagem ancestral que apreciamos
reviver, sem locução. gestos que cumprem
as promessas e que não se deixam demolir;
que curam a saudade e toleram as súplicas.
por vezes, são só um abraço ou um só olhar,
acções de duração e intensidade variável,
que ocupam sempre um lugar de destaque.
ficámos a ler a luz de um sorriso permanente,
enquanto saciávamos o apetite de novidades
e alimentámos a saudável nostalgia espacial.
o tempo murmurava profecias de primaveras
e o jogo continuava, por vezes sem sentido.
mas como perdê-lo e não o perder, quando
o nosso abraço e companhia são as palavras?
[palavras relacionadas]
Enquanto lia, parava várias vezes a fim de olhar a fotografia; o céu ameno, a água plácida, a paisagem calma...
ResponderEliminarUm poema lindíssimo... muitíssimo bem harmonizado com a imagem... que completa a voz do poema... com uma igual serenidade... que não se deixa demolir...
ResponderEliminarBelíssimo trabalho, Henrique!
Beijinho
Ana