na zona estreita da primavera, que procura,
ainda, o seu trilho e ponto no ano que espera
ser salvo, o dia, paciente, guardava um silêncio
temerário até à chegada da chuva e do vento,
obstinados, vigorosos, e suas consequências.
coisas que, por si só, poderão não fazer uma
grande diferença. não me roubou a fé ou
a esperança em dias maiores, melhores, mas
sim o horizonte imediato, que se encheu
de água, assim como o caminho, e as coisas
aparentam ficar fora do lugar, apensas
ao sentimento de ter que enfrentar esses
versos agrestes a cair na cidade, aveiro,
na premência de partir quando se quer ser
remido e rimado pela poesia. mas, talvez,
possas vir, tu, salvar-me esta quarta-feira.
[palavras relacionadas]
entretanto e graças à chuva, a Primavera florescerá.
ResponderEliminarPor vezes, em dias "cinzentos", espera-se a "salvação", a "redenção".
ResponderEliminarSinto um desassossego latente e uma procura de bonança na intensidade do poema. :)
Bjks