porto | portugal |
imagino-te e existes junto ao impossível perto.
sou os gestos possíveis e temo descrever-me
rente à noite, de caule azul vergado pelo frio,
a esperança, que é sempre uma espécie de fé.
as perguntas desenham uma ideia de sonho.
esquece as surpresas da gravidade do inverno
e do inverno da gravidade, frutos da solidão.
não somos divindades. não és musa e eu sou
ninguém, que te inventa mulher, que te quer
mulher, sem todos esses conceitos sem nexo.
a paridade é a nossa permanência para além
do poema, ou dos infortúnios virtuais do sexo,
ou de uma outra vida que nos poderia separar
os mélicos indícios de te pronunciar lentamente.
[palavras relacionadas]
sei que soa tão repetitivo mas, só posso dizer belíssimo... e, sim, a esperança é uma espécie de fé. Abraço grande Henrique.
ResponderEliminarLindíssimo poema... adorei a expressão "a paridade é a nossa permanência para além do poema"...
ResponderEliminarSó a admissão de paridade... é a melhor homenagem que se pode fazer a uma mulher... creio que foi essa a intenção... visto ontem ter sido O Dia Internacional da Mulher... e por isso uma belíssima homenagem por aqui...
A imagem está fantástica, com esse contraluz fabuloso!
Beijinho! Continuação de boa semana!
Ana
que soneto tão belo, e dedicado à mulher.
ResponderEliminarjá o reli várias vezes e humildemente agradeço.
obrigada...
beijo
Em Tempo!
ResponderEliminara foto está excelente.
gostei!
:)