terça-feira, 22 de março de 2016

instantâneo


aveiro | portugal


a relatividade nas dobras da pele, 
no corpo comprimido pela sensação 
térmica, num tremor psicossomático 
estimulado pelo perpassar da poesia, 
iniludível, pelas minudências dos poros. 
o momento organiza e renova os sinais 
que me encaminham às considerações, 
com a cumplicidade da ria e a solicitude 
da noite, nas distâncias que crescem 
dentro de mim: a mesma fome de luz, 
que me suporta a respiração involuntária 
e o voluntarioso discernimento. 


 [palavras relacionadas]


2 comentários:

  1. Boa noite, Henrique.
    Que imagem linda, adorei!
    A poesia verdadeira é esta, que nasce dos poros, acaricia a pele, mexe com os snetidos.
    Boa Páscoa!

    ResponderEliminar
  2. Um poema e imagem... que nos apelam aos sentidos... consentidos... e com sentidos...
    Mais um maravilhoso instantâneo, desta belíssima cidade, por aqui...
    A imagem está sublime!... Bem à altura das palavras...
    Bjs

    ResponderEliminar

Obrigado, pelo seu comentário!