porto | poetugal |
a gaivota declama na oscilação do dia.
sente-se a inocência das ruas de março
à procura do burburinho no semblante
de quem atravessa, antecipadamente,
uma ponte mágica, de rosto contra
o favorável ar nostálgico e povoado
do acentuado arrefecimento nocturno,
perceptível no crepúsculo prolongado.
o porto, em crescente e a ocupar o lugar
da alma à flor da pele, ao sair da ponte,
ao entrar na noite e a incorporar sinais
da felicidade que acorrem, a tempo,
à superfície dos pensamentos concretos,
que ultrapassam a dimensão da cidade.
[palavras relacionadas]
A imagem não poderia ser mais adequada ao poema... que nos mostra que o crepúsculo... não é o fim de um dia... mas o principio de um dia verdadeiramente feliz... para tanta gente... quando finalmente tem a oportunidade de partilhar um pedacinho de dia... junto de quem mais gosta... ou de quem terá mais afinidade...
ResponderEliminarExcelente post, como sempre, por aqui!...
Bjs
Ana