segunda-feira, 21 de março de 2016

estações


edifício da antiga estação ferroviária de aveiro (a actual estação é servida por um novo edifício) | aveiro | portugal


fico, e gosto de ficar, por aqui, por coisas pequenas 
e não será por pequenas coisas, como uma bátega 
intensa e fria, que me hei-de ir embora. 

embora possa não parecer, e não parece, certamente, 
gosto quase sempre da estação onde estou sempre 
pronto para saltar, sempre pronto para a contemplar. 
parto quando tiver que partir. mas tenho-as em mim, 
as estações, e os apeadeiros, como inquilinos graciosos. 
na primavera posso ter vários invernos, vários verões, 
ou outonos e primaveras, e a sucessão pode não ser 
esta, onde estou só, mas não em solidão, em lugares 
que identifico, como eu. e depois existe o desconhecido: 
eu, também. 


 [palavras relacionadas]


1 comentário:

  1. E os momentos... são mesmo o apeadeiro perfeito... que nos trazem as sensações de qualquer estação do ano...
    Mais um dos meus poemas preferidos por aqui... lindamente acompanhado por esse belo apeadeiro... um verdadeiro pecado... se o edifício estiver abandonado... sem qualquer uso...
    Bjs
    Ana

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