sábado, 5 de março de 2016

entre legumes


[alface]


ainda nos rimos dos meus legumes biológicos 
e da propriedade de envelhecermos como os demais. 
estive tão perto de acreditar, de novo, nesses olhos 
que mudam de cor com a luz do dia e nos quais tu 
consegues codificar a sua linguagem, até ao fundo, 
mesmo quando gritam e exclamam linhas afectivas. 
por outro lado, eu nunca consegui ler o silêncio 
e ausência do teu olhar. confesso: eu nunca te conheci. 


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1 comentário:

  1. E entre legumes... conseguem-se deambulações de alma fantásticas... e profundas... como esta!...
    Mais um poema que adorei ler... como esperamos conhecer uma alface profundamente... se não ligamos para as suas raízes... mas apenas para as suas folhas?...
    E no entanto... é como as alfaces, que conhecemos a maior parte das pessoas, que passam na nossa vida... pelo que mostram superficialmente...
    Beijos
    Ana

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