terça-feira, 29 de março de 2016

numa qualquer realidade


aveiro | portugal


as palavras terão, por ventura, vazios: 
venturosos espaços desocupados. 
como a música, que esteve na ponte 
dos laços a embalar as coloridas fitas 
de amor, e que por ali ficou, a vê-lo 
multiplicar-se, sabendo que há-de voltar 
a brilhar para mim, com o seu natural 
deslumbramento, para me descobrir 
ainda vivo, ainda numa qualquer realidade, 
para da luz ver apenas as sombras. 


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