alguém há-de chegar com conjecturas,
encontrar-me em mil e uma caras de lua,
enquanto a lua omite as águas-furtadas
e o tempo me diz que enlouqueceu.
com o tempo, olho em volta e não
me encontro. amalgamo os sentimentos,
os verbos e os tempos verbais, os raciocínios,
as pessoas gramaticais, o som e o silêncio.
ocasionalmente, eu rimo, rio, falo e emudeço
para dentro, por dentro, e sobrevoo o meu
cansaço, à procura do amplexo simples
que me devolva o desvario de desejar.
[palavras relacionadas]
Alguem sempre chega...
ResponderEliminarE cheguei... à conclusão, de que está aqui mais um post, impossível de não gostar...
ResponderEliminarIntrincado e intenso, o poema...
Fascinante e perfeita, a imagem...
Bjs
Ana