quarta-feira, 13 de abril de 2016

ondas da cidade


aveiro | portugal


a cidade, eu e as palavras relacionadas. 
a cidade, como eu, é dispensável às palavras, 
mas seriam assaz diferentes sem nós. 
nós… eu também sou desnecessário à cidade, 
a cidade que chora, recatadamente, 
pelos canais soterrados, perdidos para sempre, 
mesmo quando o mar aparenta querer 
repor uma ordem ancestral desconhecida da própria 
cidade e que ele mesmo abandonou. 
eu moro dentro das palavras que em mim habitam, 
esse mar de palavras que se une ao oceano 
que beija a laguna que beija a cidade que me completa. 


 [palavras relacionadas]


7 comentários:

  1. As palavras que habitam em mim silenciaram para apenas reverenciar a leveza das tuas nestes poemas belíssimos. Grande abraço Henrique.

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  2. aff desculpe ter colocado duas vezes o comentário...

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  3. aff desculpe ter colocado duas vezes o comentário...

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    1. :)
      o Blogger, por vezes, parece ter vontade própria e duplica os comentários.
      obrigado, pela visita e comentário(s) :) é muito gentil!
      grande abraço, Cris!

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  4. Nao moro mais dentro das palavras...falo atraves do silencio..

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  5. Uma cidade bem inspiradora... que deu azo a mais um belo poema, como este... e a imagem, tem um enquadramento, que é uma maravilha!
    Mais um post formidável!
    Bjs
    Ana

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