aveiro | portugal |
assim como nunca iremos ver a
mesma cidade
igual em dias diferentes,
todos os meus dias
são dissemelhantes na profusão de
horas fugidias
que se afadigam na procura
contínua da agilidade.
é aqui que o dia se estreita,
na mais baixa altitude
da viagem evidente, para
sublinhar o acesso
às mais pequenas coisas de
mais um regresso,
quem sabe, a uma relevante
conquista de quietude.
espera-me uma noite de
amor-próprio.
espera-me uma cama de casal
vazia,
numa habitação absorta de
periferia.
depois, a imaginação vai
preencher o resto.
a cidade abraça a noite e eu
abraço a fantasia,
para te salvar, montado numa
intrépida alegoria.
[palavras relacionadas]
a imaginação é óptima a preencher vazios.
ResponderEliminaruma intrépida alegoria... será essa a função da poesia... que por vezes, é somente o que nos resgata... de mais um dia, sem qualquer fantasia...
ResponderEliminarO que verifico por aqui... é sem dúvida, a amplitude de teu talento, em imagens e palavras!...
Beijinhos
Ana