não guardo e não possuo
mais do que o intelecto apressado,
expresso na mobilidade
dos vocábulos, à beira de um caminho
hesitante, à sombra
de verbos em desuso, com versos nos ombros.
as palavras surgem
como se fossem a areia húmida e compacta
que adquire uma informal
forma fractal do imaginário inequívoco,
por vezes, próximo,
noutras, longínquo, da flexão dos sentimentos.
eu recordo e
reconheço o frágil equilíbrio dos meus castelos de areia.
sabia e sei-lhes o
fim, sob a inocência do sol, do vento, das ondas
ou do jugo da
malícia humaniza, e de como não me era indiferente,
apesar do autêntico
desapego e entendimento.
[palavras relacionadas]
O reconhecimento da efemeridade dos castelos de areia... muitíssimo bem expressa, em imagem e palavras... e mais um post admirável... em toda a sua magnitude...
ResponderEliminarBjs
Ana