ave-marias de maio, com junho a traçar infinitos
elípticos
nas janelas receosas das margens do relógio que arrasta
os minutos, num fim de pilha que se prolonga
distraidamente
na zona pública do poema. uns aparentes longínquos
rumores
de Beethoven, tentam, provável, devotada e rapidamente,
recuperar, a pulso, esse perdido tempo, numas trifusas
que os meus dedos já não tentam alcançar. insuficiência.
ensino a minha alma a não temer o escuro. nada vai ser
fácil.
nunca o foi.
[elipse]
E o escuro... envia-nos os sonhos... para que pensemos, que o que nunca será fácil... possa pelo menos, ser possível, um dia...
ResponderEliminarUm poema tão brilhante, quanto a imagem!... Com uma iluminação e reflexos lindíssimos... transbordando serenidade...
Bjs
Ana