apenas, a sua imprecisão e a sua insuficiência.
cá dentro, nos locais da consciência, o presente
é mais do que um hiato que deixa vários rastos
e gradientes de passado, e que caminha para o futuro,
que é incerto; abrange um período que, fisicamente,
já passou e um período que ocorrerá em breve.
não lhe estabeleci uma escala precisa e inflexível.
também não sei quantificar o quanto e até onde amo.
sei que há coisas, ou seres, de que gosto mais, mas
valorá-lo, dimensioná-lo… quantificar… não consigo.
é verdade que, também, nunca me esforcei para o fazer.
dentro ou fora da ria, não sei explicar-te em que paleta
de azuis e de verdes me pinto. creio que os prismas
e os espaços mudam com o olhar e com a quantidade
de alma que aplicamos no mesmo instante. e, deste
sistema, mando cumprimentos para quem vai
e para quem fica. eu, por cá, vou indo e ficando.
[elipse]
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