farol de aveiro, praia da barra - ílhavo | aveiro | portugal |
enquanto a praia floresce em elipses inertes
e o dia ameaça esvair-se num breve arrepio,
há uma pobreza que tem fé no futuro
e medo de não ter a audácia para o fazer.
é a alma que mais receia perder o corpo
e o corpo que menos teme perder a alma.
o mês move-se com o à-vontade do indiferente
e com os mesmos lugares-comuns da utopia.
um longo e justo abraço, para esmagar a dor,
para conjurar a serenidade da confusão da vida.
uma forma primitiva, mas eficaz, de abranger.
um resquício de algo verdadeiramente criador,
que surge como que por um desejo extenso
e indelével, de reconhecimento ancestral.
[elipse]
E talvez por isso, a praia precise de tantos abraços do mar... para continuar a florescer... mesmo em dias mais cinzentos... como nos mostra a imagem... para não perder a fé no futuro...
ResponderEliminarBelíssimo poema!
Bjs
Ana