fez-se tão tarde dentro das molduras
onde a história dorme em contraponto.
o átrio da tarde estendido aos telhados do amor,
como escrita naturalista a sair do trabalho.
a minha alma kitsch a pastar no largo vago,
a debruar uma conversa finita sobre o tempo,
e, aveiro, no seu lado inocente de alicerces na ria,
com urgências a escorregar nas ruas, para abono
do acto mágico do exercício pleno da vida.
aqui houve uns raios de sol e uma providência
impresumível, como antecâmara do verão, ou para
compor o lugar-comum onde, de qualquer forma,
atravessamos e pudemos encaixar «a sagração
da primavera», de alma cheia, sem convencimento.
[elipse]
Que pergunta vc se faz?
ResponderEliminar