quarta-feira, 1 de junho de 2016

não tenho muito.


costa nova do prado - ílhavo [aveiro] | portugal


por vezes não sei bem para que, ou de que, 
serve a verdade; ou onde está; ou, ainda, 
quem a tem ou se existe. contudo, acredito 
nela com uma espécie de fé, num exercício 
de libertação. a seu tempo desdobra-se 
e questiono o porquê de ter um tempo 
ou de ter um espaço. a verdade deveria ser 
apenas a verdade e não uma forma elástica, 
como que uma tábua de salvação inconstante 
ou como que uma vaca voadora, da moda. 
não tenho muito, nem o que tenho possuo 
verdadeiramente. 


 [elipse]


1 comentário:

  1. E mesmo não se tendo muito... o que se tiver... e o que se for... com verdade... será sempre tanto!...
    Mais um poema delicioso de ler, e mais uma espectacular imagem da tua cidade...
    Bjs
    Ana

    ResponderEliminar

Obrigado, pelo seu comentário!