quinta-feira, 9 de junho de 2016

elipse para elíptico




uma alma, qual cavalinho de tróia, de inquérito 
em sondagem, numas horas perdidas de uma 
perdida tarde, também, aclara, cuidadosamente, 
a voz, de origem luminosa, e, com total 
descontracção, evoca a providência da questão. 

uma alma, que procura a alma dentro dela, 
com se de matriosca se tratasse, responde 
até aos botões, e puxa pelo lustroso calão: 
assevera que não somou cuecas nem quecas 
em que de corpo, por amor ou em desamor, 
se tenha entregue, quanto mais a disposição. 


 [elipse]


5 comentários:


  1. sensações sensoriais...

    abç

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  2. um eclipse onde as palavras tem brilho intenso.
    abraço Henrique

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  3. Bem, Henrique... confesso que... talvez por ser fim de semana, e os meus neurónios ainda estarem meio inactivos... não alcancei a profundidade deste teu poema...
    Assim à primeira vista, oferece-me dizer... que nas discussões entre a Dona Elipse e o Sr. Elíptico... não se deve meter um cavalinho de tróia?!?! :-D
    E agora vou espreitar mais algumas das últimas novidades, por aqui...
    Beijinhos! Bom fim de semana!
    Ana

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  4. Bem sei que não será para levar à letra e gosto. Há uma jogo de significados e de ideias que são mais do que uma intrincada pilha de palavras num enredo de ervas (alusão à foto).

    Quem sou eu para te pedir seja o que for mas se for o caso, sai da matriosca, com ou sem bigode, é que já estou a ficar sem leitura. ;)
    (Aconselho aos(às) possíveis engraçadinhos(as) a consulta sobre a lenda/história das matrioscas)
    Bjks

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