quarta-feira, 4 de maio de 2016

a noite soletrada


aveiro | portugal


porque há esperas feitas de azul, 
pinto a ria em fios de cores, 
que invento para distrair a noite. 
visto o ar que se vestiu de silêncio. 
a noite mais noite tatuou a noite 
que os dedos não alcançam. 
não se vêem as esculturas de água 
na parede do idioma lunar. 
posso enlouquecer definitivamente. 
finjo que escrevo poemas 
e a noite finge que os lê. 


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1 comentário:

  1. A noite, em imagem e palavras... descrita de uma forma brilhante!...
    E a imagem... formidável!!!
    Uma magnifica homenagem , à tua cidade... tão encantadora de noite, como de dia, como nos é dado apreciar...
    Beijinhos
    Ana

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