aveiro | portugal |
as janelas, que não aparecem;
o relógio, que foi receber horas;
o poema, que foi despejar o vazio.
ou, um dia inclinado que juntou janelas,
relógios e poemas, e foram ser felizes,
connosco, no desvairo do universo.
no reverso, um anjo afável, de granito,
com um rosto de outro planeta,
que distribui uma mão cheia de lua
minguante, para enternecer as sombras.
[elipse]
E que a inclinação seja sempre para a frente, ansiando pelo tempo futuro... para que os relógios continuem a receber horas...
ResponderEliminarAdorei o poema, e a imagem, cuja perspectiva do desenho da calçada, nos dá ideia de inclinação...
Beijos
Ana