sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

imprecisa


portalegre | portugal


vivo à medida que graciosamente morro. 
neste instante em que as horas escurecem 
e se alcantila a incontinência do céu, 
há uma imagem que se turva na rebentação 
que embala os cachos de mexilhão intrépidos 
e o mundo abre-se nos gomos da minha cabeça: 
construo-te, nocturna, no meu corpo. 


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2 comentários:

  1. Lindo, tudo!

    Beijinhos, Henrique. :)

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  2. Precisamente... na imprecisão... é quando se tem a imagem mais nítida das coisas... consideram-se todas as hipóteses...
    A imagem está fabulosa... e o texto, excepcional como sempre!...
    Bjs
    Ana

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