não sei se não será o tempo a consumir-me a sanidade.
no início havia um tempo que parecia infinito,
agora há tempo que parece finito e volúvel.
a relatividade aparenta-se a uma besta voraz
onde as próprias circunstâncias perdem a convicção.
não tenho qualquer controlo sobre o lugar esquivo
da leitura e o que menos importa é o que devo
ou não devo escrever sobre a extensão do tempo.
não estou a revoltar-me no meu próprio delírio.
creio que é a consequência do encontro sagaz
da poesia, da filosofia, com a consciência da finitude
e da contingência, promovido pelo distanciamento.
ou é a vida, que continua, sem pedir licença à vida.
[palavras relacionadas]
Pra toda porta é preciso o esforço de abrir. Poemas pra lá de belos Henrique. Enriquecem a cada verso. Um abraço!
ResponderEliminarA voragem do tempo e da vida... muitíssimo bem apreendidas nas tuas palavras... e como nos apeteceria que parassem um pouco... ou se conseguíssemos agarra-los... numa porta como essa...
ResponderEliminarMais um post fantástico!... Sempre numa harmoniosa combinação de imagens e palavras...
Bjs
Ana