terça-feira, 19 de janeiro de 2016

súbito


aveiro  portugal


o voo é agora uma vontade adiada, para o pesar dos pombos. 
a chuva cai distraidamente, sem imagens de ressentimento, 
sobre os cartazes de políticos sorridentes, que tentam exercer 
um encantamento de confiança e amabilidade permanentes. 
a voluptuosidade do comprometimento é uma deserção anunciada. 
a cidade não necessita de mais sorrisos poluentes e penosos, 
visitações sarcásticas, pejadas de meras promessas provisórias. 


 [palavras relacionadas]


2 comentários:

  1. em forma de poema, uma visão actual e acutilante...

    :)

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  2. Nem mais!...
    Realmente, já não carecemos de mais promessas provisórias... e sobretudo falsas!
    Palavras bem pertinentes, dado o momento actual...
    Adoro a imagem... mas talvez só tivesse feito um ligeirinho corte à direita... aquele triangulo no relvado, é um bocadito distractivo... just my opinion... que vale o que vale... e que é lhufas... :-D
    Beijos
    Ana

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