quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

têmpora




os anos passaram e já não sou imortal. 
já não cresço como os dias em janeiro, 
no hemisfério norte. sou agora o sopro, 
o mistério da sorte, sob o murmúrio da luz. 
quem sabe, a um dia de ser velho, ainda, 
à tona de todo um corpo confundido 
no corpo de um poema com a memória 
em fuga e possuído por um largo sorriso: 
será que o amor também enruga? 


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2 comentários:

  1. Eu acho que não...
    E acho que faz bem à pele... :-D
    E quando é verdadeiro... é um verdadeiro lifting, também para a nossa vida!
    Adorei o dramatismo da imagem, combinada com a intensidade das palavras!
    Beijinho
    Ana

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