o corpo a aprender a temperatura do inverno
que não se prende, nem se reproduz, no fotograma,
mas que se fixa no encrespar do aveludado das coxas.
as sílabas desprendem-se em meneios instintivos
mas, já não é tão fria como costumava ser, a cidade.
por isso, tento tocar-te sem recolher as marcas do espaço.
os meus lábios afogueiam num mistério indecifrável
e preenchem a lacuna e o tempo da hesitação das sílabas,
na têmpera da carne viva da nossa matéria que adolesce.
[palavras relacionadas]
lembretes de motivos para ficar... quando nas cidades se ganham raizes, que nos prendem ao seu chão, mas nos deixam voar...
ResponderEliminarO enquadramento da imagem está soberbo! E a gaivota... foi mesmo a cereja no topo do bolo!
Beijos
Ana