vamos participar da queda que é precipitarmo-nos
nas falésias do amor, de onde se pode regressar.
entretanto, vamos traduzir os silêncios,
trocar silêncios, pintar silêncios; desfazer,
destrinçar, reparar silêncios, naquelas
arcanas formas de comunicar, que não
incluem palavras; enquanto eles antecipam,
prognosticam, disputam e falam de política.
vamos chover, enquanto eles falam de futebol,
e juntamo-nos ao tempo, que é de chuva.
arqueamos as linhas do espaço e do tempo
para nos descobrirmos juntos, nas tortas
linhas da poesia, que podemos estender.
vamos. eles que fiquem oblíquos nessa espera,
convictos de que a dor lhes concede a salvação.
[palavras relacionadas]
Tua poesia sempre transcende formas, espaço e tempo pra alcançar o que não está escrito. Belíssimos teus poemas Henrique. Obrigada por tua escrita. Um abraço!
ResponderEliminarNos silêncios cabem todos os sentires e cumplicidades do mundo... sempre a forma mais bonita de comunicar... quando não, através de poesias maravilhosas como esta...
ResponderEliminarGosto imenso, deste jeito descomplicado, e claro da tua escrita... e simultaneamente profundo...
E mais uma vez, acompanhado de uma imagem brilhante, também no sentido literal do termo...
Estes reflexos, com a iluminação nocturna, estão incríveis!
Bjs
Ana