a extravagante alegria efusiva de estar
educadamente só. alcançou-me, nessa
condição, o inverno, que se veste
elegantemente, mas nunca o suficiente.
sinto-o como ele é: gélido e imprevisível,
mas comunicativo, também, e confidente.
e eu, tímido, num corpo experimentado,
aparentemente intransmissível, queria
falar da felicidade e da geração desistente.
eu era todo poesia e o inverno só queria
chover e arrefecer.
[palavras relacionadas]
Que o Inverno nos arrefeça por fora... sem lhe darmos o prazer de nos conseguir arrefecer por dentro...
ResponderEliminarMais um texto muitíssimo bem construído... e a imagem está espectacular... com essa ilusória divisão a meio do reflexo do vidro...
Bjs
Ana