pintura de Kandinsky, Wassily - Composition VIII. 1923. Óleo sobre tela* |
preencho o pentagrama de linhas paralelas, vazio,
disponível para a relatividade, com outros símbolos:
palavras à solta, de duração perene e tempos de estação.
por momentos, escrevo-me em notas fora da pauta,
sem letra, num som difuso que é a tua voz.
talvez eu possa ser a clave e tu o instrumento…
ou talvez eu nos confunda sem padrão, onde as notas
são os nossos sentimentos, em carícias que se encontram
entre semibreves e semifusas, num compasso
que é o nosso próprio passo de figuras sem partitura.
[palavras relacionadas]
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(Andei a saltitar, nos comentários, como quem não quer deixar os poemas sozinhos.)
ResponderEliminarMais um belíssimo poema, Henrique.
Bjks