observo, por entre os intervalos das palavras.
por aqui, na praça, deambulam personagens
conhecidos, entre turistas e outros transeuntes,
em contornos de outras palavras inacabadas.
o vento arrojou-se ao chão do homem a remos,
que aguardava, opaco, no nevoeiro existencial
de pó de memórias, o amor-próprio e um monarca
apalavrado. o mesmo chão que investiga a senhora
que fala para ele, chão, e que lhe procura uma
qualquer coisa sem fim, fervorosa, todos os dias.
ou talvez procure todas as coisas necessárias
à sua vida, que se vai perdendo numa bruma
que também vejo em mim, enquanto o céu cai,
tenaz, no chão que é, agora, meu.
[palavras relacionadas]
Neste novo ano estou a tentar visitar todos os amigos da Verdade Em Poesia afim de lhes desejar um 2016 muito feliz cheio de grandes vitórias e muita saúde e Paz.
ResponderEliminarAntónio.
Ps. Tive de seguir novamente pois estava a seguir sem foto.
Passamos a vida olhando para baixo, para o chão... como se todas as soluções se encontrassem nele... é verdade! Muitas vezes a vida faz-nos o nosso céu cair... cá por dentro... quando ele afinal continua no mesmo lugar... nós é que nos esquecemos de olhar para ele...
ResponderEliminarAdorei o enquadramento da imagem, pena a base ter ficado um pouquinho cortada... mas até pode ter havido alguma razão para tal...
E adorei o poema, pois claro!... Gosto imenso da forma como escreves... de uma forma despretensiosa, muito clara, e muito bonita! Aprecio imenso!
Beijinho
Ana