olhava para o precipício com profundo receio. 
como poderia eu saber que era um espelho, 
que o fundo, tão fundo, era o reflexo do céu, 
e que aquele rosto apavorado era apenas eu? 
reencontrei-me. já não existe a mesma cidade 
com as águas guardadas no tempo mecanizado; 
o vento é um gesto contínuo de afecto e encanto, 
e a chuva é um afago que ameniza o asfalto 
e as fachadas desbotadas, que me falam de amor. 
hoje, não é fácil encontrar-me numa fotografia. 
muito menos quando fico parado, junto à palavra, 
naquele momento que antecede a acção: 
ou a palavra foge; ou eu fujo; ou fugimos, juntos. 
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E junto à palavra... foi estabelecida, uma bela ligação entre emoção, presença e fotografia...
ResponderEliminarAdorei a intemporalidade de ambas... palavras e imagem... e na intemporalidade, reside o para sempre... que também junta, reúne, liga... e aqui reuniste tudo muito bem... numa ligação perfeita... de imagem e palavras.
Adorei o post!
Beijinho
Ana